Neto de quem? A típica pergunta que se ouve quando se chama neto.

domingo, 11 de outubro de 2009

Neto poemou

Da mesma porta, toda torta
que me partes, do parto a fora
todo fogo, com que me afogas
toda selva que me cega
toda alma que me rega.

Todo peito já tão perto
tão relapsa minha língua
toda baba que engole
do catarro que escorre.

Todo medo, passado
todo ato insensato,
todo gozo tão depressa,
toda raspa que te resta.

Todas aspas, alegorias
todas gurias, fantasias
nas vaginas, fugídias
toda mancha esconderia

Todo vermelho, todo sangue
todas pernas, todas sujas
todas mães, todas imundas
todas vulvas. Absurdas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário